17 junho 2007

Não caibo

Aquieta-te menino
................ não vês?
Não caibo apenas na cama.
Não caibo nos teus delirios.
Não caibo no medo de não ter a outra.
Falta-me espaço
pra ti mostrar a dança
a música interna
o frio dos dias delicados
a loucura da mente
a lucidez das verdades adquiridas
as letras escritas
as mãos descalças de quem percebe os pequenos ruídos.

Não vês menino
............. que estarei sozinha quando a chuva decidir cair?
Por que a voz rouca e mansa e as mãos macias
......... se planejas
...................... (não) as ocultas
........................................ me deixar?
Não menino
.......... morde como quem beija
................................ mas fere como quem acaricia.

Ainda durmo sozinha.
(fevereiro/2006)
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