12 agosto 2008

Vagos...


Que a umidade seja só por hoje, que cancer descance e deixe chegar leão... que as aguas não baldeiem tanto o equilíbrio, mas que as lágrimas sejam sempre sinceras... que não sequem ao ponto de me faltar as palavras na poesia, no verso, na conversa apressada... que ainda haja em mim aquele amar intenso dos pequenos gesto de minha gente... que ainda seja a vívida esperança de ser o amor de igual... que as diferenças sejam explicitas e postas as mesa afim de saboreá-las em suas pequenugens mágicas... e assim nos sentirmos ampliados serenos da bagagem do outro... e que dela apareça num tilintintar inaudível o objeto esquecido, tão bem quardado no coração do outro...

Que o coração ainda vibre e te deixe ir, e que abandone a mania de chorar a tua dor, de querer te por junto ao colo ao te ver fragil, inseguro... ah, não posso esquecer de esquecer o olhar duro, a tirania o tanto faz repetido, a rigidez da alma... esquecer tudo, talvez deixar apurar por um tempo sem nome na caixinha de flores com as outras lembranças...


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Os oráculos ressoam que a resposta é o fogo.

É o centrar em si, o despejar sempre a água em recipentes feito a barro pelas próprias mãos.

É converger ao ego e modelar intrepidamente a forma da alma.

É recorrer a inteligencia mais nobre de mim.

É sair de cancer e entrar em leão.

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