28 julho 2007

À amiga ouvinte II.

Sim, amiga, te falo...

seriam menos, as dores, seriam menos as noites frias, se a voz guardada, interna, sentida, tivesse receptáculo caloroso, terno, compreensível...

Sim, te falo...

da extrema solidão coberta dos olhos, tão alheios...
te falo da raiva que estrangula as ocultas
.............. da raiva que se apondera do corpo e machuca.

Me calo, por fim, pela indizivel delicadeza de ser só.

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