26 maio 2009


nem sei gira-mar
tamanho

quero a palavra certa que caiba todo querer, toda coisinha assim pequenina de assustar, alegrias-susto, quero que caiba o sorriso, a dança, a voz...



quero que caiba a música

de cada aurora

o bailar nas pernas

as cores das horas




Quero todo o querer numa palavrinha assim.






23 maio 2009


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cai parede
que é voz
não há quem cale
que é olho
não há quem cegue
que é pele
não há quem negue.

22 maio 2009

Passava um velhinho trazendo na gaiola

um passarinho...

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...não sei de qual deles

se

ouvia mais silêncio....

13 maio 2009

Autis-mim ( ou eu cá com meus botões)

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Pois se eu ficar aqui maturando
em meus lírios ouvidos sons
feixes lapsos memórias
mãos magas frias
extensões de pupilas
é capaz que não retorne.



e lá ficando pode ser que me desnude
coma terra unha-mal-feita fios e cachos palitos de fósforo.
corra no mato breu descalce pé de chão e mão de galha
arranque os olhos
dilacere as fibras
perca todo o sangue por uma única ferida.


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beco escuro e fundo

Sai veneno desse mundo!



§ . §




Mas se passa o tempo e me acostumo

deixa eu quieta no meu mundo

deixa crer que é silencio

mata longa

ceu imenso

deixa o zunzunzim canseiro tolo da menina de saiascores, deixa a sacola, deixa o cabelo, os amarelos dedos...

só vai deixando ...



04 maio 2009

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azia
café com limão
noite fria
pés no chão
palavra vazia
retorno na contra-mão.