29 agosto 2011




.......... e eu seria todo ouvidos........................

17 fevereiro 2011

Ira


Ca(ira)
em mim
todo infortúnio sombrio da guerra interna.

em mim
(Ira)que.

01 março 2010

"Agunias"



Não Doutor
não posso chegar na hora
não porque a hora seja dura
é que não me atura o fluxo do tempo assim

Não Doutor
não é mau querência, preguiça ou desleixo
é que não vejo, mesmo num pelejo, um pulso, um mar...

é tic é tac,
é reto é curvo,
é vírgula sem arredondos
é tudo ediondo
e nada a vibrar.

Não doutor
não me valhe as medálhas- honraomérito!,
tuas fartas moedas,
teu carro gelado,
tua roupa engomada.

Não, não assumo tua língua, tuas leis na tábua, teus papéis listrados, tua hora-marcada, teu plano cartesiano.

Mas eis-me aqui em teu reino quadrado
para pagar um Karma, um destino ou por conta de um mal-olhado,
vai saber...

O que tenho a fazer
é deixar claro
:
não entendo o que falam teus vastos teoremas
mas, se quiser saber...
te detalho em minúncias teus mais torpes dilemas.

29 novembro 2009









Na beira do mundo
Portão de ferro, aldeia morta, multidão
Meu povo, meu povo
Não quis saber do que é novo, nunca mais
Eh! Minha cidade
Aldeia morta, anel de ouro, meu amor
Na beira da vida
A gente torna a se encontrar só

Casa iluminada
Portão de ferro, cadeado, coração
E eu reconquistado
Vou passeando, passeando e morrer
Perto de seus olhos
Anel de ouro, aniversário, meu amor
Em minha cidade
A gente aprende a viver só

Ah, um dia, qualquer dia de calor
É sempre mais um dia de lembrar
A cordilheira de sonhos que a noite apagou

Eh! Minha cidade
Portão de ouro, aldeia morta, solidão
Meu povo, meu povo
Aldeia morta, cadeado, coração
E eu reconquistado
Vou caminhando, caminhando e morrer
Perto de seus olhos
A gente aprende a morrer só
Meu povo, meu povo
Pela cidade a viver só

(Milton Nascimento e Márcio Borges)

28 novembro 2009

viver emagrece...
.
,
,












20 julho 2009

te assustas jardineiro porque pensas que como rosa feneço

e te deixo na ausência do cheiro

se escalasses a montanha de teu medo

e de terra me der adereço com águas e olhos de senso

o sol em si faz sua parte

e de brilho e perfume

é meu sangue

em teu jardim

de tons e formas precisas.



é terra o chão da minha casa

assenta teu fogo na lenha do meu broto

e sente teus pés flutuantes no húmus que cores e formas dão as rosas



e rosa, jardineiro,

é cada sorriso

do meu nome:

Raizderoseira.

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19 junho 2009

entre todos os reis e coroas
és curinga
entre todos as jogatinas
és sina
entre todos os naipes e cores
domina
pois "vc e eu"
combina.
*




é pura rima.